quarta-feira, 26 de novembro de 2014

DIA DE CARREIRAMENTO


Corria o Baio do Maneco
Com o tordilho do Gaveston,
Numa cancha reta, na coxilha pelada.
Era uma diversão para a gauchada 
num dia de sol claro do mês de setembro
Chegava gente a pé, de carreta de bois
Charrete e a maioria a cavalo,
Também veio gente da cidade
Em dois ou três automóveis.

Era um evento dos mais importantes
Que acontecia de quando em quando
Promovido por carreiristas daqueles pagos,
Lembro-me do povo chegando de todos os lados
E começava a se formar aquela festança.
Ao meio dia era grande aglomeração,
De viventes em volta da cancha, “já se vieram”!
O cavalo do Zico perdeu porque se abriu,
O Dórico desatou a carreira, pagou o depósito.

Um sujeito dava luz e doble,
Outro gritava sem reserva,
Gente que cantava de galo
muitos apostando nos cavalos
Cinco,dez pila e até dinheiro graúdo,
A gurizada jogava troco miúdo.
Na barraca do Marcelino grande freguesia,
Tomando trago, comendo pastéis,
Contando lorotas, sobre seus parelheiros,
Atando carreiras para serem corridas lá na cancha.

Um fogo sobre uma vala queimando uma lenha,
cheio de espetos cravados com carne,
era aquela ladainha, sem mais nem menos
começava um arranca toco e já chegavam os deixa disso.
lá pelas quatro horas da tarde começou uma  briga
Porque o cavalo do Juca tigre perdeu uma carreira
Que correra com a égua do Tomazette.
Falaram que o juiz roubou, que na verdade
O cavalo do Juca tinha ganhado de cabeçada de freio.

Esse tal de Tomazette era um fazedor de pendenga
Talvez fosse o motivo do juiz se acovardar
E acabar roubando a favor do arruaceiro.
Começaram a discutir e a coisa foi ficando feia
Sabia-se que não tardava uma grande peleia
O Tigre usava um três listras atravessado nas costas
E o Tomazette dois trinta e oito niquelado, na cintura
Ficaram ali os dois se toreando e o Juca Tigre falou
Que não iria ficar de graça, mas seguiu a festança.

Na saída do carreiramento no finalzito da tarde
Onde tinha uma porteira feita de arame
Aberta bem pra traz, tava o Juca escorado
em um moerão da estronca esperando o Tomazette.
não demorou muito vinha o arruaceiro
chegou e boleou a perna já de revolver na mão
e o Juca Tigre arrancou aquele baita facão
como um touro bravo em direção ao Tomazette
que não pensou duas vezes e sapecou fogo
mas infelizmente pegou o tiro no Zezinho
um jóquei corredor de carreiras
que tentava apartar aquela briga.

Os automóveis já tinham deixado o local
Mas a ambulância logo em seguida chegou
Era uma charrete modelo aranha
Puxada por um tordilho muito troteador
Mas até chegar onde estava o doutor
Eram muitas léguas de estrada afora.
Esta peleia aconteceu quando eu era guri
Foi gravado em minha memória
que até hoje eu não me esqueci.


FERNANDO ALMEIDA POETA 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

ESCOLA ÉRICO VERÍSSIMO

Fui convidado para participar das comemorações dos 40 anos da Escola Estadual Érico Veríssimo em Canoas. Inauguração do auditório Luis Fernando Veríssimo e também tive a oportunidade de conhecer Fernanda Veríssimo. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Autor Presente

Meus queridos amigos professores estou no Projeto Autor presente, quem quiser me convidar para ir em sua Escola é só entrar em contato: 
http://autorpresente.blogspot.com.br/

sábado, 8 de março de 2014

8 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Pra ti Mulher

É pra ti mulher,
A pura essência da flor,
O símbolo da humanidade
Que foi feita do amor.
Força, charme, elegância,
Com sorriso encantador
Nas horas boas ou ruins
Sempre superando a dor.

Não existe mulher feia,
São diferenças naturais
Umas menos vaidosas
E outras que são fatais,
Loiras, negras, morenas,
Ruivas, índias, orientais
O que seria de nós
Se todas fossem iguais.

Seja vovó, mãe, tia,
Amiga, esposa ou namorada
Um homem sem mulher
Nesta vida não é nada,
Quando ao lado do homem
É parceira, amante, amada
Seguiremos para sempre
Unidos na mesma estrada.

Nossa Virgem Maria,
Santa mãe de Jesus,
Um dia também sofreu
Ao ver seu filho na cruz,
Ilumina nossas mães
Pro bom caminho conduz,
Para que não sofram tanto
Por quem deram à luz.

Amor de mãe é eterno,
E seu brilho incomparável,
Sua alma é pura
Seu esforço incansável,
É a soberana das jóias
Para o ciclo da vida
É assim que a comparo
Minha mãe querida.

Uma boa esposa
Todo homem sonha ter,
Esta mulher maravilha,
Motivo do meu viver
Às vezes me faz sorrir
Outras me faz sofrer,
De uma mulher eu nasci

Por uma mulher quero morrer.

Fernando Almeida Poeta