Espelho de Tropa
Açude espelho de tropa, que vem beber sua aguada
Açude que se banha a lua, Sob o silêncio da madrugada
Meu parceiro da esperança, que tem água mansa, Onde eu nadava,
Nas manhãs de domingo, eu banhava o pingo, para as carreirada.
Açude é fonte é vida para o verdejante do arrozal,
Onde brota a vertente correndo pro banhadal,
Passeia uma garça branca, Sobre as barrancas, do seus mananciais
Pra eles o mundo é pequeno, á noitinha pousava sereno,
Um bando de patos baguais.
Açude teve intimidade, com a donzela china Maria
Acariciando seu corpo sobre aquela pele macia,
Águas que guardam segredos, num abismo que até dá medo,
Da sua profundeza fria.
Águas que vão e que vem, se vaporando para o além,
Saciando a sede, noite e dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário