terça-feira, 27 de outubro de 2009

São Gabriel (Corredor afora)


Corredor da Estrada

Velho corredor sem fim,
Labirinto de estradas,
De rastros estão marcadas
Para sempre chão adentro,
De quem já dormiu ao relento
Marcando nossa história,
Em heróicas trajetórias
De comemorações e lamentos.

São apenas dois trilhos,
Sua existência será perpétua,
Serviu de cancha reta,
Pra carreirista do povoado.
Seguindo dois aramados
De quando em quando um bebedouro,
Das tropas rumo ao matadouro
Lavando a baba dos assoleados.

Areia pedra ou chão batido,
Com marcas do seu passado.
Uma cruz de cada lado
Onde tombaram peleando,
No ferro branco se tramando
Por uma lambança qualquer,
Beberagem ou ciúme de mulher.
Selvageria do ser humano.

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